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Áreas estratégicas para a gestão de florestas com silvopastagem nos Garrigues Altes

Áreas estratégicas para a gestão de florestas com silvopastagem nos Garrigues Altes

Duas parcelas de 55 hectares cada localizadas na zona do Hostal de la Serra de Juncosa e no vale do Riu de la Cana de Bovera são as áreas estratégicas para a gestão de áreas florestais com silvopastagem nas Garrigues Altas. Isto é determinado por um relatório da Fundação Pau Costa, que aponta ainda que se trata de terrenos onde se perde o equilíbrio entre a massa florestal e as culturas, que funcionam como corta-fogos, e que são vulneráveis ​​pela proximidade de espaços naturais protegidos como o parque natural da Serra de Montsant. Nessas áreas, o documento propõe aliar a pastagem extensiva com a colaboração de quatro pecuaristas locais e queimadas prescritas para reduzir a carga de combustível e favorecer a manutenção da área.

Segundo o técnico do projeto ‘Ramats de Foc’ da Fundação Pau Costa, Marc Arcarons, o cenário “ideal” para a gestão das áreas florestais é que, em caso de incêndio, o fogo não tenha caminho. Tradicionalmente, o setor agrícola ajudava nessa gestão, uma vez que o território intercalava culturas com massa florestal.

No caso da região de Garrigues, ainda existe esta paisagem que combina floresta com oliveiras e alguns campos de amendoeiras. “O mosaico agroflorestal não foi abandonado e apostamos que o cultivo da oliveira vai dar certo. Isso nos favorece em caso de incêndio porque a continuidade da massa florestal fica cortada”, explicou Arcarons.

Essa característica do território aliada à silvipastoria auxilia na prevenção de grandes incêndios, uma vez que os animais contribuem para a manutenção da baixa carga de combustível. “Ainda existem rebanhos que sobreviveram apesar da modernização. Isso nos dá esperança de que esses animais nos ajudem no manejo das áreas florestais”, disse Arcarons.

No entanto, o pastoreio extensivo apresenta desafios. “Primeiro o rebanho deve poder entrar na floresta”, pontuou Arcarons, que lembrou que é preciso adequar o terreno com os cremes prescritos. Paralelamente, é também necessário disponibilizar bebedouros e dormidas.

Em termos de financiamento, a Comunidade de Municípios das Garrigues Altes (CMGA) aguarda que o Departamento de Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação designe os dois territórios analisados ​​no relatório como Pontos de Gestão Estratégica (PEG). “Desta forma, os pecuaristas poderão obter uma remuneração pelo trabalho de cuidado da floresta. Fará a diferença para que o seu negócio seja sustentável”, sublinhou a técnica de desenvolvimento rural da CMGA, Judit Tribó.

Gestão florestal em toda a demarcação de Lleida

No caso da demarcação de Lleida, Arcarons explicou que o mosaico florestal reduz o risco de incêndio na planície. Apesar disso, o técnico destacou que nas zonas dos Pré-Pirenéus e dos Pirenéus existe uma “falta” de gestão florestal, especialmente na zona do Baronato de Rialp.

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